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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pode bater, mas não mata o português!

Sabe quando você está em algum lugar e de repente, não mais que de repente entra uma pessoa que você não faz idéia de que parte do mundo ela veio?
Ontem foi assim, estava me dirigindo para casa, e no mesmo ônibus que estava, uns 15 minutos antes de chegar ao terminal, entra essa criatura falando alto, com mais três amigas... na verdade não entendi como três amigas se tratavam daquela forma, pois a primeira frase que ouvi foi: "Cadê a piquitita vagabunda". Detalhe, a frase se repetiu durante toda a viagem, sempre dita pela mesma pessoa, que não contentem em falar esta frase, a falava em alto em bom som pra que as três articulações do Ônibus a escutassem!
Deus, só Deus sabe como rezei para encontrar meu MP3 dentro da mochila para ouvir algo inteligente naquele momento! Mas por Ironia do destino ele havia ficado em casa... ok, ok respira e vai!!!! e Fui, ouvindo, das "treiz amiga" ... entre as várias pérolas que saiam daquelas boquinhas ( e sim, estou sendo sarcástico): " às uma hora" "A gente fizemo", "ela acha que nóis semo...", e a mais clássica, o cúmulo: " ela tem pobrema"... quando isso chegou aos meus ouvidos tive que me controlar para não rir.
Graças aos céus foram apenas 15 minutos com aqueles seres dentro do ônibus falando daquela forma, ... agradeci, e só não beijei o chão do terminal quando cheguei, pq não sou muito fã de chão, e meus ouvidos ouviram uma harmoniosa melodia... se eu achasse o DJ da noite juro que daria um beijo na boca dele... tocava as 4 estações de Vivaldi... Sim Deus o Senhor é bom.
Afinal de contas pode fazer o que quiser, pode, chutar, pode bater, pode xingar, mas não assassina o nosso Portugês!

1 comentários:

Olinto A. Simões disse...

Querido Northon...,

Que texto ótimo. Não estava eu naquele "Busun", mas vivenciei cada metro de alfalto que ele passou por cima.

O 'FE-B-APÁ", (Stanislau Ponte Preta), era uma onda que começou na década de 60..., no século findo..., do milênio anterior, a assolar o país, agora, já se transformou numa Tsunami de ignorância.

Parabéns pela sua perspicácia.

Grande abraço.

Olinto Simões